segunda-feira, janeiro 29, 2007

Tanto que desejei
Que um mais um
Fosse igual a dois,
Tanto que desejei
Que tu e eu
Fôssemos nós,
Tanto que desejei
Ficarmos a sós!

Tanto que desejei
Construir a meias
Um castelo muito alto
Que não fosse de cartas
Nem de areia

Tanto que desejei
Fazer uma teia
Com os nossos segredos!



Tanto que desejei
Os teus dedos
Confundidos nos meus,
Tanto que desejei
Que ficasses...
Ao dizer-te adeus!

Tanto que desejei
Ouvir o silêncio
Cortado pela tua voz,
E não posso crer
Que um mais um
Nunca sejam dois,
E nem quero pensar
Que tu e eu
Não seremos NÓS!

(Desta vez um pouco de nostalgia para recuperar um quase poema guardado no baú das recordações - a tocar, claro, You and I ainda dos Scorpions - espero que gostem)

21 Comments:

At janeiro 29, 2007 4:34 da tarde, Blogger melga meiguinha said...

Fico muito contente que o meu post o tenha ajudado a decidir.

E tem razão, grande parte da comunicação social dá demasiada importância às actividades do não mesmo as que não têm qualquer interesse e pouca às do Sim como a notícia do meu post.

Sabe que o Dr. Jorge Sampaio enviou um texto para a reunião de eurodeputados deste fim de semana e onde declarava que vai votar SIM?
Viu a notícia nalgum lado?

Isto é só um pequeno exemplo.

Beijocas.

 
At janeiro 29, 2007 6:25 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Um sonho que não se sonha a dois, é apenas um sonho só.

Gostei muito de passar neste teu cantinho, e apesar de nostálgico gostei muito do teu sentir.

Beijinhos
Lia

 
At janeiro 29, 2007 6:35 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Viva Alexandre:

hummm... nostalgia... sonhos desfeitos.
A realidade é como é e é essa que temos que viver.
Não se pode querer ter "sol na eira e chuva no nabal"... isto é, poder pode... mas é difícil de conseguir.

Um abraço,

 
At janeiro 29, 2007 8:08 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Também a ti as palavras fluem, limpídas como uma cascata......
Sonhos, ilusões perdidas....quem não tem?? Mas é bom sonhar...
Gostei do teu "quase" poema.
Obrigada
Beijos e abraços
Marta

 
At janeiro 29, 2007 9:06 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Antes de mais quero agradecer as tuas palavras no meu blog, e interesse e preocupação pelo seu desaparecimento!... Afinal bastou aderir à nova versão do blog (forçadamente!)para solucionar o problema!...
Julgo que este desaparecimento misterioso de alguns bogs, deve-se a uma artimanha para levar a que se adira à nova versão...
Quanto ao teu poema, é verdade que é um pouco nostalgico, mas muito bonito!
Bjs

 
At janeiro 29, 2007 9:28 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Querido Alexandre, gostei muito, mesmo muito deste bocadinho de nostalgia por aqui. Achei LINDO.
Mesmo muito lindo! (:
Beijocas **

P.S- Obrigada pela resposta ao comentário. :)

 
At janeiro 29, 2007 9:47 da tarde, Anonymous Anónimo said...

ora aí está um texto para o qual nao tenho aptidão( jeito por palavras tecnicas) de escrever lol ta um bom poema sim ehe

um abraço

 
At janeiro 29, 2007 10:06 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Lindo!!!!!!!
Por vezes...1+1 não é igual a dois!

...deixam de ser NÓS!!!

Gostei de passar por este cantinho
Este poema é feito com um sensibilidade sem limites...;)

até breve

 
At janeiro 29, 2007 10:16 da tarde, Anonymous Anónimo said...

E assim será! Verá!
Um abraço

 
At janeiro 30, 2007 1:47 da manhã, Blogger Maurette said...

Alexandre,
Parabéns pelo poema, muito sensível e verdadeiro. Cheguei ao blog através de um comentário teu no Blogue Palmaníaco, que freqüento como fã recente do Palma (descoberto porque um amigo enviou-me uma canção, já que no Brasil ele não é conhecido).
Dei uma lida em teus temas e gostei! Vejo que te preocupas com várias coisas com as quais também me preocupo. Se puderes visita também o meu blog, onde há um pouco de tudo; sentimentos, poesia, crônica, crítica... Enfim, o que me vai na alma e desejo partilhar. O endereço é http://jornalistico.blogspot.com. Sou brasileira, mas tenho amigos portugueses e tenho buscado aprofundar-me na música e nos artistas portugueses mais contemporâneos (o que não quer dizer que não haja fado na alma...).
Um grande prazer conhecê-lo!
Abraço
Maurette

 
At janeiro 30, 2007 10:54 da manhã, Blogger Unknown said...

Alexandre, o teu poema é maravilhoso! Cheio de sentimentos, feito certamente com emoção e amor. Está absolutamente lindo! Invadiu-me a alma! Adoro poemas assim, com um quê de nostalgia, carregados de um sentir que nos toca profundamente!
Fiquei encantada, realmente!
Tu e eu nunca seremos nós! E há tanto assim... Tenho um poema que aborda precisamente este tema: Juntos e Sós...

Beijinhos

 
At janeiro 30, 2007 11:33 da manhã, Blogger deep said...

Este teu poema traduz um desejo com intensidade.

A música transporta-me para os meus 17 anos e lembra-me uma paixoneta daqueles tempos. Por vezes, é engraçado tirar do baú o que parecia esquecido.

Bjs e boa semana.

 
At janeiro 30, 2007 12:41 da tarde, Blogger Isabel Filipe said...

um belo poema ...´parece-me que a autoria é tua ... não é? ...parabéns.
bj

 
At janeiro 30, 2007 1:04 da tarde, Blogger Lusófona said...

Quem vive sem sonhos?
O homem chegou onde chegou porque acreditou em seus sonhos, e quis realizá-los.

Parabéns, pelo post!

p.s. sempre o vejo no blog da Hellocátia, por isso, a minha visita.

 
At janeiro 30, 2007 1:53 da tarde, Blogger Alexandre said...

Bom, mudei para o novo blogger - avisaram-me que seria melhor fazê-lo quanto antes porque o blog podia ficar indisponível - e muitos dos comnetários passaram a anónimos sem o serem. Felizmente tenho os contactos no mail e tb tinha tomado nota dos links embora ainda não os tenha acrescentado (falta de tempo). Só espero não «perder» por causa da mudança (obrigatória, pelos vistos). Obrigado e todos e ATENÇÃO, estes «anónimos» não são anónimos - aliás raramente tenho comentários anónimos. Obrigado. Beijos e abraços!!!!!

 
At janeiro 30, 2007 3:11 da tarde, Blogger Conceição Paulino said...

penso k a tua definição de "quase poema" é excessiva. Não há dúvidas de k é um poema. Agora k queiramos semp melhorar, depurar...isso entendo bem.
Bj.
Luz e paz

 
At janeiro 30, 2007 7:01 da tarde, Blogger veritas said...

Sim... um mais um pode ser igual a dois...mas não igual a nós. Para mim "nós" induz partilha, cumplicidade e intimidade sem tabús...algo de único...como único é o melhor que a vida tem...

Bjs. Boa semana

 
At janeiro 31, 2007 12:09 da manhã, Blogger Al Berto said...

Viva Alexandre:

"Passada a tempestade vem a bonança"... e agora os comentários já estão a sair como deve ser.
Espero que o mesmo esteja a acontecer com o Estados Gerais.
Agradeço a comunicação de qualquer anomalia registada.
Essa transição é bem mediocre e não abona nada o Blogger.
Veremos se no futuro a "coisa" se estabiliza... positivamente claro.
Uma boa semana.

Abraço,

 
At janeiro 31, 2007 12:30 da manhã, Blogger Maurette said...

Alexandre, agrada-me saber que és fã de música brasileira... Mas fiquei impressionada de fato por você conhecer uma música tão incomum como Teresa da Praia! Que ótimo isso... é linda mesmo, ainda mais pela antológica interpretação do Lúcio Alves com o Dick Farney. Até me deu vontade de ouvir!
Escreve quando quiseres. Talvez eu possa ajudar a encontrar alguma raridade, com um pouco de sorte e vontade... O email é maurette@terra.com.br.
Além do Jorge Palma, encanta-me também Né Ladeiras e seu trabalho sofisticado. E, como uma coisa acaba sempre levando a outra, tenho descoberto tanta gente interessante fazendo música por aí... É sempre um prazer ouvir!
Beijo
Maurette

 
At janeiro 31, 2007 1:08 da manhã, Blogger Afrodite said...

Sabes que eu diria que és quase perfeito? (Não acredito na existência da perfeição, caso contrário definir-te-ia como mais-que-perfeito).

Li, reli e deliciei-me com o teu poema; voltei a ver as fotos da tua mãe (em boa hora, pois não tinha visto as fotos de grupo) e detive-me na questão do aborto.

Tu tocaste num ponto essencial. Fala-se muito das situações de pobreza, miséria, abandono que levam ao aborto.

Mas é também de realçar a desumana e cruel perseguição a que uma empregada bancária, por exemplo, é sujeita por ter engravidado e ter tido a coragem de ter um filho.

"Voltaram a telefonar a dizer que o seu filho está doente? Mas quando é que você "aprende" a dar um benuron e um brufen ao bébé antes de o deixar no infantário?"

O meu SIM no referendo não vai resolver os problemas desta sociedade de merda em que vivemos, mas é um passo em frente e também uma clara rejeição à hipocrisia.


Para ti, Amigo, o meu beijo.

 
At fevereiro 01, 2007 7:27 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Bem , o poema é lindo e a música fantástica!
Beijito.

 

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